quarta-feira, 16 de maio de 2007

O Meu Céu

Ah! Como eu imagino o céu?

Acordando cedinho, com só um pouquinho de sono, depois de uma noite fria, mas agradável, sentindo o cheiro do café feito por alguém que não é minha esposa (afinal, não nos daremos em casamento), abrindo a janela, sentindo o exalar do orvalho e vendo a leve névoa passar.

Tomo um café da manhã gostoso, e sento à porta de casa, contemplando, por um tempo, a felicidade daqueles que ao meu redor vivem.

Aí, Jesus chama a gente, nos põe a sentar à sua volta, e começa a falar palavras sábias e belas, que nos ensinam, a cada dia, um pouco mais sobre a existência. Por vezes, ele apenas expressa palavras ritmadas, numa poesia que nos eleva e afaga.

Enlevado, com tanta sabedoria, me retiro ao leito de um rio cristalino, a meditar sobre cada palavra, cada frase, cada colocação feita pelo Mestre.

Completamente satisfeito com tudo aquilo, me ponho então a caminhar, conhecendo novos lugares, visitando amigos mais distantes e apreciando este mundo maravilhoso.

O restante do dia, em meditações e boas conversas, passo com meus amigos, que são tantos, quase infinitos, dos quais, grande parte, eu nem conheço. Todavia, toda vez que encontro alguém desconhecido, é como se encontrasse um familiar querido e há muito distante.

Final de tarde, iluminados por uma estrela muito mais linda que o formoso sol, nos concentramos, todos nós, numa praça lindíssima, onde passamos algum tempo cantando músicas jamais ouvidas aqui na Terra, com melodias tão agradáveis, que se fossem tocadas aqui, não sairiam das paradas jamais.

À noite, na verdade apenas uma mudança de iluminação, para que nossos olhos descansem, sentamos em grupos ao redor de fogueiras, tentando compartilhar a compreensão de cada um sobre as palavras de Jesus.

Talvez esse céu seja humano demais, mas, no que pode minha mente alcançar, é o melhor dos mundos.

Se for diferente, é certo que será ainda melhor.

Fabio Blanco.