Insisto por uma estrada infeliz
Feita a trilhar, sem alma e ferida.
Nos passos que persevero e quis,
O sustento da alma sofrida.
Pois eu sei: a verdade se mostrou
Inerme, segura e bem tranqüila.
Indiferente ao mal que me causou
Em minh'alma nocente apatia.
Quem disse então: os versos não podem
Curar toda esta estranha ferida,
Lá no fundo da alma sofrida.
Sempre esquece que os tempos não morrem;
E ainda que sem a despedida,
Não podem evitar a partida.
Soneto à Insistência e aos que se Vão