A despeito do post anterior, diferente de muitos pensadores moderninhos, eu não sou alguém que fica exaltando a imperfeição como algo bonito, algo que nos torna mais "humanos" ou algo que nos faz mais sensíveis. Isso é besteira. Imperfeições são imperfeições e a perfeição sempre é melhor do que a imperfeição.
Há alguns pregadores que exaltam tanto a imperfeição humana que parece que buscar ser melhor, mais puro, mais santo é o verdadeiro pecado. Parece que interpretam as palavras da Bíblia como aqueles homens da igreja primitiva que diziam que deveriam pecar bastante para que a graça de Deus superabundasse sobre eles.
No entanto, Paulo mesmo os corrigiu. Hoje, portanto, esse negócio de exaltar a falibilidade e a imperfeição humanas é simplesmente mundanizar a igreja sob a desculpa de um amor divino.
A limitação humana não é para ser exaltada, é para ser compreendida. Ela também não deve servir como desculpa para os erros, mas explica-os.
Então, deve resignar-se, o cristão, com seus pecados? De maneira alguma! A conformidade com o curso deste mundo não é o ideal do cristão. O que ele deve empreender é uma busca por mais santidade, sim, por menos pecado, sim, por mais pureza, sim. No entanto, deve fazer isso consciente de sua estrutura humana, de sua falibilidade. Assim, empreenderá essa caminhada, não mais crendo que, com suas próprias forças, poderá atingir níveis de conduta irreprensíveis; mas, sim, com a direção do Espírito Santo, crescerá como quem está sendo transformado para se tornar cada vez mais parecido com Cristo.
E a perfeição? É o norte, o objetivo inalcançável, porém que atrai cada vez mais para o que é melhor, tornando o imperfeito cada vez melhor.
Humano, não mundano