quarta-feira, 13 de junho de 2012

O ateu e a Bíblia

Posso compreender perfeitamente, e até mesmo respeitar, tua crença de que a Bíblia não é uma revelação divina. Afinal, isso depende de alguma fé, e esta pressupõe alguma experiência e comunhão com Deus. No entanto, negar que sobre suas letras a civilização na qual vives e da qual usufruis fora construída chega às raias da ignorância.
Negar, ainda, sua historicidade e autenticidade chega a ser pilantragem intelectual. Tu aceitas a veracidade de livros muito menos comprovados na história. Alguns que sequer têm sua autenticidade plenamente verificada são citados por tua boca como se fossem o que há de mais certo neste mundo. Contas histórias baseado em escritos praticamente apócrifos e são eles que te dão a orientação para o que pretendes defender.
Atenta que quase todos os grandes pensadores da história, mesmo os não cristãos, tiveram para com essse Livro um respeito tal que apenas demonstra que tua atitude para com a Bíblia é algo dissonante. É que eles, intelectuais que eram, reconheciam nela uma profundidade existencial inigualável. Também percebiam que de suas letras jorrava um fundamento seguro para a moral e para as relações humanas.
Tu és ateu? Tens orgulho de dizer-te um homem independente? Afirmas que a Bíblia é um conto de fadas que não merece sequer atenção? Então saibas que tudo isso apenas é possível, essa liberdade, essa presunção, essa individualidade, por causa das páginas que tu contestas. Afinal, o que é o ateísmo senão um subproduto do próprio cristianismo?