quinta-feira, 15 de março de 2012

A força do mundo

O homem tem três inimigos: o diabo, a carne e o mundo. Entre eles, porém, me parece que o mais poderoso é o mundo. Isso porque, enquanto o diabo ataca o espírito e suas pretensões e a carne a vontade e seus desejos, é o mundo que impõe suas forças pela necessidade. É por causa da necessidade de aprovação e de atenção que muitos se entregam ao consenso e vendem suas almas e sua identidade. É pela necessidade de sustento que muitos abdicam do conhecimento, abandonando qualquer interioridade em favor de uma luta inglória pelo pão de cada dia.
É por causa da necessidade de ser ouvido que muitos falam aquilo que agrada e que sabem será bem visto. É por causa da necessidade de comunhão que muitos se deixam levar pelos grupos, abrindo mão do que são, a fim de fazer parte da tribo.

E assim vai o mundo impondo sua força, alienando o homem de si mesmo, carregando-o em seus braços fortes, arremessando-o ao ar em louvores, até o dia que o lançará abandonado no chão do esquecimento. E quando isto acontecer, o homem olhará para trás e terá a certeza de que o mundo, que lhe era tão afeto, na verdade jamais fora seu amigo.

Por isso, deixar-se conduzir pelo mundo é fazer uma má escolha. Temer o mundo é não conhecer sua natureza. Agradar o mundo é decidir pelo Inferno, afinal, a amizade do mundo é inimiga de Deus (Tiago 4.4).

E não pense que a amizade do mundo é a afeição pelos pecados do mundo, mas sim pelo seu reconhecimento. E não pense que o mundo é representado apenas por homens incrédulos, mas sim por qualquer homem. O problema central é: a quem quero agradar?

Diante de homens religiosos ou não, cristãos ou não, instruídos ou não, quem não deseja ser levado pelo curso deste mundo (Efésios 2.2) deve optar pela decisão inegociável de obedecer a Deus do que aos homens (Atos 5.29).

Apenas assim poderá, diante do Grande Juiz, apresentar suas próprias obras e responder pelos seus próprios atos.